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VIAGENS DE ANTONIO MIRANDA PELO MUNDO
O BATISMO DA 7ª. EDIÇÃO DO LIVRO “TU PAÍS ESTÁ FELIZ”
Junho 1991

 

Duas viagens à Venezuela no mesmo mês para atender a seminários profissionais. Um luxo se considerarmos a crise econômica de nossos países. As passagens foram pagas pela UNESCO, que também anda falida desde que o Presidente Reagan cortou as dotações norte-americanas àquela organização intergovernamental.
Viagens de trabalho, com uma agenda carregada de reuniões, um programa social lotado, deixando pouco ou nenhum espaço para o lazer e os contatos pessoais extra-profissionais.
Tive que “forçar a barra” para ficar um fim de semana livre. Por economia, queriam que eu passasse a noite de domingo “voando” (de avião, de volta para o Brasil...) e que, fatigado e sonolento, acudisse à sessão inaugural!
Consegui ficar em um espaço de tempo livre, depois de muita insistência. Suficiente para restabelecer contatos e visitar os lugares gratos, espécie de tour sentimental.  Ai encaixou-se o “batismo” (lançamento) da sétima edição em castellhano de “Tu país está feliz”. Edição bilingue, com a primeira versão em português, com um encarte reproduzindo material documentário sobre a trajetória e repercussão da peça.  Meu amigo Victor Alegria, da Thesaurus, em Brasília, foi o editor entusiasmado dessa obra comemorativa dos vinte anos da fundação do Grupo Rajatabla, oficialmente celebrada no dia 28 de fevereiro de 1991.

O local escolhido, como não poderia deixar de ser, foi a Librería del Ateneo de Caracas. Um espaço amplo, moderno, de causar inveja a países como o Brasil, onde as boas livrarias estão em processo de extinção.

A madrinha do “batismo” foi a estagiária Maria Teresa Castillo, com seu esfuziante entusiasmo e vitalidade.

Maria Teresa é a patronesse da cultura do país, presidente honorária permanente do próprio Ateneo de Caracas e figura principal da Comissão de Cultura do Congresso Nacional Venezuelano. Foi quem, em 1971, deu guarida ao Grupo Rajatabla e enfrentou as provocações contestatarias dos grupos de extrema-esquerda e as pressões direitistas dos setores do governo. Naquela época assinava

Maria Teresa de Otero Silva, como esposa do celebrado escritor venezuelano, diretor proprietário do Jornal
EL NACIONAL, o mais importante do país.
Batismo mesmo. A cerimônia de lançamento de um livro na Venezuela exige a figura da madrinha, o banho de champanha do exemplar da obra de arte e até a unção com um “ac” com os dedos umedecidos no líquido borbulhante na testa do autor. Seguido de discursos. Primeiro, da própria Maria Teresa que rememorou aquela estreia de
Tu País Está Feliz” vinte anos atrás. Contou que numa certa oportunidade estava programada uma função para as três da tarde de um domingo e que não saíra nenhum anúncio nos jornais! A expectativa era um fracasso, discutia-se a possibilidade de suspender a apresentação mas o público, por milagre, foi chegando e acabou-se atuando com a sala literalmente cheia!

Havia dias em que o público chegava às centenas, reclamavam que não cabia mais de quatrocentas pessoas no teatro e ela temia que quebrassem os vidros da entrada.
Por último, contou que sua amiga, a escritora Elisa Lerner,
havia visto a peça seis vezes e comentava: “cada vez que veo me gusta más.”
Seguiram-se pronunciamentos não menos contundentes do crítico de teatro Ruben Monasterios e Miriam Fletcher, comunicadora e assessora de assuntos culturais, marcados pela emoção do público.
Carlos Giménez, que havia dirigido a peça musical, chegou do aeroporto no meio da celebração e, com seu discurso sempre polêmico, falou da vigência do texto de “Tu País Está Feliz”, do significado da trajetória de Rajatabla e de seu propósito de voltar a montar o espetáculo.

À hora dos autógrafos apresentaram-se os jovens alunos de teatro da Fundação Rajatabla e uma senhora que acudia ao ato pelo chamamento pela imprensa. Ela sabia os poemas de memória e confessava também ter visto a peça várias vezes e estava emocionada.  
Mais emocionado estava eu. Limitei-me a dizer que todos nós — fomos menores que a grandeza de nossa própria obra — montagem da peça teatral, consubstanciada pela participação entusiasmada do público.

 

 

 
 
 
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